A escola tradicional, ao eleger como objeto de ensino de língua apenas uma de suas modalidades – o chamado modelo padrão –, exclui do cenário escolar o que a prática linguística tem de complexo, histórico e contraditório. Paralelamente, o desenvolvimento do pensamento linguístico permitiu a constituição de uma concepção mais abrangente de linguagem à luz da qual foi possível privilegiar a língua usada cotidiana e historicamente, buscando romper com uma dinâmica escolar que sempre preferiu os usos modelares do idioma materno.