O sensível e a abstração: três ensaios sobre o Moisés de Freud, Alessandra Affortunati Martins parte de um problema alocado na parte III do ensaio O homem Moisés e a religião monoteísta (1939), no qual Freud estabelece uma distinção entre matriarcado e patriarcado para, a partir de um debate atual, responder aos impasses existentes na versão freudiana. A obra, então, divide-se em três ensaios, cujo eixo central é a figura mosaica com as feições estabelecidas por Freud. Em cada um deles, o mesmo problema é retomado e é respondido de três diferentes modos: 1) De uma perspectiva feminista-marxista, tendo como referência-chave o pensamento de Silvia Federici; 2) De uma perspectiva simbólico-formal a partir de uma análise da ópera Moses und Aron de Arnold Schoenberg; 3) De uma perspectiva psicanalítica freudo-lacaniana, discutindo especialmente o conceito de Gozo no capitalismo.