Barbara Cassin parte do grego antigo, da linguística e da psicanálise para pensar a tradução como prática literária, filosófica e como estratégia política para o acolhimento da diferença. Trabalhando com uma gama ampla de assuntos – dos tratados dos antigos sofistas à situação das mulheres nos campos de refugiados na França – e tendo como inimigo declarado o universal pretensamente absoluto, a tradução aparece como espaço "entre" as línguas e como solução democrática para o problema da alteridade: é só (não) falando a mesma língua que se pode conviver com o outro.