Acontecimento formidável de 4 de junho, cujas consequências tiveram um efeito ainda mais profundo do que a guerra nas relações entre as duas grandes nações ocidentais, originou, de cinquenta anos para cá, uma profusão de livros, memórias, estudos, relatos verídicos e narrativas fabulosas. Testemunhas oculares relataram suas impressões. Jornais reuniram seus artigos em volumes. Cientistas publicaram suas pesquisas. Romancistas imaginaram tragédias desconhecidas. Poetas cantaram. E, daquele trágico dia, não resta detalhe algum na sombra, nem dos dias que o precederam nem daqueles que o sucederam, tampouco de todas as reações morais ou sociais, econômicas ou políticas, pelas quais, ao longo do século XX, esse dia ecoou nos destinos do mundo.