Surgido em meio à ampliação da participação dos setores sociais subalternos na política e à consolidação do capitalismo industrial, o corporativismo foi apresentado pelos seus defensores como uma modalidade de representação de interesses e de organização societal e estatal alternativa, tanto à democracia liberal quanto ao socialismo. Propondo-se a garantir estabilidade social pela conciliação de classes, o corporativismo irradiou-se da Europa para o restante do mundo nas primeiras décadas do século passado. Tema prestigiado pela historiografia e pela ciência política, tem conhecido no último decênio um interesse renovado, o qual tem gerado livros, artigos e eventos acadêmicos no Brasil e no exterior.