Sérgio Telles revela com este conjunto de textos um perfeito domínio do gênero. Alternando o ponto de partida de seus contos entre situações corriqueiras e inesperadas, ele consegue instaurar climas insólitos que fascinam e prendem o leitor – cumprindo, assim, o postulado básico da boa literatura. (...) Constituído basicamente por registros urbanos, Mergulhador de Acapulco impressiona pela variedade das situações que aborda, alternando climas introspectivos e outros explícitos. Todos marcados por uma construção elaborada, que configura, afinal, uma vigorosa visão do mundo contemporâneo.
Marçal Aquino
Observo em Sérgio Telles uma personalidade definida, nitidamente marcada em todos os seus contos, mesmo quando não há uma semelhança evidente entre eles. É a impressão digital, o polegar no papel, que a maioria não possui. Outra qualidade do autor: não segue figurinos, não é pingente de estilos e maneirismos consagrados, não vai de Joyce e nem de Kafka. Discípulos e repetidores cansam.