Nesta narrativa em quadrinhos Fernando Pessoa é visto a partir de sua obra e de uma carta em que ele explica ao amigo Adolfo Casais Monteiro o nascimento e vida de seus principais heterônimos - Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos - e do semi-heterônimo Bernardo Soares. O roteiro construído por Susana Ventura com base em textos históricos (cartas, obituários dos jornais de época) recebeu a leitura visual vertiginosa e genial de Guazzelli, em sua segunda incursão pela obra pessoana. O entusiasmo do quadrinista pela obra do poeta português gerou um curta-metragem de animação em formato de poema visual, o qual retrata o dia em que Fernando Pessoa virou imortal. Para isso Guazzelli também invocou seu "heterônimo", que trabalha com animação há mais de vinte e cinco anos.