Pensamento intruso
Om bogen
O doutor Alarcón é um médico de clínica geral de grande intelecto que, apesar das suas grandes capacidades, não sabe lidar com relações pessoais e também pensa que não precisa delas. A sua vida está meticulosamente planeada, uma vida em que o inesperado e as amizades não têm espaço.
Contudo, algo começa a transtornar essa ordem: ao seu redor, as pessoas começam a morrer em circunstâncias estranhas e, apesar de ser fiel à racionalidade, ver-se-á arrastado não só pelo lado sinistro e demente da situação, mas também pela necessidade de criar relações. No seu círculo social, todos são suspeitos, o número de possíveis homicidas aumenta e, para poder investigar, é obrigado a socializar. Os acontecimentos estranhos e a chegada de uma nova enfermeira ao seu consultório mudarão a sua vida bem organizada.
Há também uma lacuna na história para os personagens secundários; os suspeitos, que terão a oportunidade de falar com o leitor para dar a sua opinião sobre o doutor Alarcón e oferecer pistas do seu possível envolvimento nos assassinatos. Neste romance, todos podem ser detetives.
"O paciente mostra-se irritável. Não gosta de perder o controlo e muito menos de o outorgar a alguém como eu. É extremamente inteligente e os historiais escolares assinalam um quociente intelectual de 160.
Usa as suas capacidades intelectuais para se defender de absolutamente tudo. Acha que ninguém pode tomar uma decisão melhor do que ele próprio, por isso, a confiança que projeta no seu intelecto poderia justificar qualquer ato. É o que mais me preocupa, dadas as mortes que estão a dar-se no círculo social do paciente."