A máquina de acelerar o tempo
Tietoa kirjasta
O livro A máquina de acelerar o tempo: conversas sobre o fotojornalismo contemporâneo é leitura essencial para fotojornalistas, jornalistas, fotógrafos, estudantes de comunicação e aqueles dedicados em arvorar o fino véu envolvedor da reportagem fotográfica. A reflexão apresentada por Alan Marques tem o apoio na sua experiência de mais de duas décadas como fotojornalista e na pesquisa feita para mestrado em Comunicação na UnB.
A questão tratada nesta obra está na inter-relação de meios com a procura das convergências e dos conflitos do conceito do Instante Decisivo inserido no fotojornalismo, feito anteriormente com película fotográfica e agora na fixação do visível com o digital. A publicação apresenta análise do ser-fotojornalista, a modulação desse sujeito e a racionalização da captura do mundo pela fotografia noticiosa. O desenho deste livro se forma aos poucos, na premissa do livro Images à la Sauvette (1952), de Henri Cartier-Bresson (1908-2004) e a influência do pensamento desse fotógrafo nas definições basilares do pensar e do fazer da reportagem visual.
A pergunta feita no estudo parte da expectação de um momento síntese definido por Cartier-Bresson e prossegue na pesquisa se esse conceito ecoaria na modulação do fotojornalista, armado com máquina fotográfica digital, em ação na captura do visível. Levou-se em consideração a arquitetura do ambiente atual, em que a internet e as inúmeras ferramentas digitais que envolvem a fotografia configuram toda a forma de comunicação e de mediação de fatos noticiosos. Esse escavar do solo epistemológico do fotojornalismo atual é a tentativa de entender os sentidos despertos e os campos problemáticos oriundos tanto da película fotográfica quanto da fotografia digital.