Boa noite, estranho
Tietoa kirjasta
Kate já teve uma carreira bem-sucedida em Nova York, mas, depois que se casou e engravidou, mudou-se para um bairro afastado e muito chique e acabou engolida por uma rotina asfixiante. Seu relógio gira em função das crianças e de um marido antes apaixonado e agora ausente e ranzinza, que raramente para em casa. As supermães do playground insistem em esnobá-la. Os dias se passam entre caronas solidárias e intermináveis jogos de montar.
À noite, os melhores orgasmos são do tipo "faça você mesma".
Com seu humor amargo e seu sofrimento diante do tédio, em poucas páginas já consideramos Kate a nossa melhor amiga.
Porém, por mais tempo que Kate passe cuidando da casa e das crianças, ela sabe que nunca vai atingir o estágio de perfeição onde se encontram as outras mães do bairro. As roupas dos filhos delas são sempre mais brancas, sua comida é sempre mais saudável e sua aparência, claro, é impecável.
Quando Kate está no auge da autopiedade, um evento acaba com a paz da pacata Upchurch. Uma mãe modelo de perfeição morre em circunstâncias não explicadas, e Kate chega à conclusão de que esse mistério é uma das coisas mais interessantes que já aconteceram em Upchurch, Connecticut, nos últimos tempos. Embora o delegado tenha advertido que a investigação criminal é trabalho para profissionais, Kate se lança em uma apuração paralela dos fatos – das 8h45 às 11h30 às segundas, quartas e sextas, enquanto as crianças estão na creche.
À medida que Kate mergulha mais e mais fundo no passado da vítima, ela descobre os segredos e mentiras por trás das cercas brancas de Upchurch – e começa a repensar as escolhas e compromissos de toda mulher moderna ao
oscilar entre obrigações e independência, cidades pequenas e metrópoles, ser mãe e não ser.
Boa noite, estranho faz rir do começo ao fim, mas deixa um incômodo lembrete piscando em nossa memória: fugir e se omitir diante das escolhas pode ser mais doloroso do que tomar certas decisões.