Savannah Bay
Tietoa kirjasta
A narrativa de Savannah Bay se tece na relação amorosa entre as duas únicas personagens que aparecem no palco – Madalena, uma mulher que já atingiu "o esplendor da idade", e uma Jovem, não nomeada; talvez sua neta. Como através de um espelho, essa relação se desdobra em uma outra trama amorosa, constituída a partir da já esparsa memória de Madalena, que se confunde com a imaginação. O elo entre as duas, que constantemente se apresenta como um reflexo no espelho, desencadeia outra história de amor, formada a partir das memórias fragmentadas de Madalena. Nesse jogo de espelhos, no qual pouco ou nada se revela com nitidez, Madalena também evoca, ou talvez até imagine, um passado quando atuava como atriz de teatro, repetidamente interpretando essa mesma história que agora ela e a Jovem tentam recriar no presente. Tanto na relação entre essas duas mulheres quanto nas outras conexões que se desdobram a partir desse núcleo, o amor está sob os holofotes. Savannah Bay foi inicialmente escrita em 1982 e reescrita no ano seguinte, durante o processo de ensaios para a montagem no Théâtre du Rond-Point. Sua estreia ocorreu em 27 de setembro de 1983, sob direção da própria autora, com Bulle Ogier e Madeleine Renaud no elenco – a peça é uma homenagem a esta última. A trajetória desse texto teatral assemelha-se, assim, à de La Musica, que também foi reescrita pela autora durante a montagem, no mesmo Rond-Point e igualmente sob sua direção, dando origem a La Musica segunda. Com desfecho diferente da primeira, a segunda versão de Savannah Bay é mais condensada e indica uma divisão em três cenas, elemento antes ausente. Além disso, as linhas narrativas do texto de 1983 apresentam menos lacunas, o que, contudo, apenas atenua ligeiramente a natureza incompleta e aberta do enredo.