"Falavam uma língua imprevista e curiosa, cuspinhando; e olhando as pobres coitadas, não sabia eu bem se falava a mulheres velhas ou a mulheres novas, de tal forma aquelas faces e aqueles corpos estavam arruinados." A crueza da narrativa de João do Rio não poderia retratar melhor a realidade da detenção feminina no Rio de Janeiro da virada do século XIX para o século XX. O narrador presente circula pelo "locus" do enredo, tornando ainda mais vívida ao leitor essa experiência.