Coloque para fora o que guarda aí há tanto tempo. Um dia te disseram para esconder isso aí, que era piegas, tosco, não digno de ser revelado.
Ficou armazenado nas mais doces e amargas memórias. Com o tempo, pareceram sem gosto, neutras, desprovidas do sentido que tinham quando você ousou escrever.
Esconderam do mundo suas palavras, os sentimentos mais nobres e os mais polêmicos. Agora, eles maturaram, fermentaram e destilaram: o puro malte, o doce vinho, a aguardente.
Sentimentos há muito de molho que, finalmente, podem retornar com mais força e com mais vigor. O tempo não os deixou sem sentido. Apenas são vistos sob o olhar do tempo.