Em todas as gerações há seres avisados, que não se deixam corroer pelos ácidos de tempos sombrios, seres que arejam instituições, abrindo janelas por onde penetram ventos de mudança. Nas apáticas escolas que ainda vamos tendo (e merecendo?), a "Idade da Educação" já acontece, em espaços intersticiais, apenas acessíveis a olhares que se não deixaram corromper. Todos os dias me chegam notícias de discretos prodígios. No segredo das suas salas, há professores que não esperam, que recriam.
Ser esperançoso também é isto: escrever para os netos com a serena segurança de que eles serão os nossos olhos e as nossas mãos, quando os filhos deles forem, finalmente, as crianças felizes e sábias que desejaríamos todas as crianças fossem.