O livro Vidamorte: biopolíticas em perspectiva, composto de 17 capítulos e um post scriptum, é resultado dos encontros possibilitados pelo Colóquio de mesmo nome, realizado na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais em novembro de 2019. Os capítulos deste livro percorrem os labirintos das técnicas políticas de gestão dos corpos e das populações do final do século XX e início do século XXI. Travando diálogo com autores como Michel Foucault, Judith Butler, Roberto Esposito, Achille Mbembe e Giorgio Agamben, os capítulos traçam algumas linhas teóricas e práticas da produção necro(bio)política do presente. Ademais, as reflexões compiladas nesse livro traçam caminhos teóricos importantes nas tessituras da crítica do nosso tempo político. Temas como racismo de Estado em seus desdobramentos na persecução penal de grupos mais vulneráveis, governamentalidade neoliberal, manifestações estéticas e culturais insurgentes no cenário do rap nacional, experiências autoritárias no campo da educação e criminalização de grupos populacionais recortados pelo crivo da raça, do gênero e da vulnerabilidade estão insertas em um mesmo fio condutor das técnicas políticas de gestão da vida e da morte. Vejamos, brevemente, quais são os capítulos que conformam esta coletânea.