Conhecido pela interação que faz entre a filosofia, a literatura, a poesia e a política, o italiano Giorgio Agamben é um dos filósofos mais influentes da atualidade. Fugindo da temática poética ou filosófica, este livro do filósofo traz no título a sua proposta: o de uma indistinção de fundo entre uma ideia da linguagem e uma ideia da Ideia, ou do pensar. Os textos, mistos de fragmentos e ensaios, são marcados pela questão primeira: a forma é indissociável do que se diz e também do que não se diz. "Endereçado para quem quer se aventurar nos domínios da palavra e do pensamento, este livro de Giorgio Agamben convida o leitor a uma experiência na potência da linguagem", afirma Sabrina Seldmayer, pesquisadora da área de literatura que assina a orelha da obra.
Os textos - mistos de fragmentos e ensaios - agrupam-se em quatro blocos. No primeiro, o autor apresenta a ideia de matéria, prosa, cesura, vocação, verdade, musa, amor, entre outros conceitos. No segundo, os temas são mais de caráter político: ideia de poder, do comunismo, da política e da justiça. A terceira parte debruça-se a ideias voltadas à linguagem e pensamento, como nome, enigma, silêncio, luz, aparência, glória, morte e despertar. Finaliza com uma defesa de Kafka contra seus intérpretes.