É Joel, mas poderia ser qualquer um dos muitos jovens brasileiros "nem demasiadamente branco e nem demasiadamente negro" que, em meio aos seus 18 anos, tem mais dúvidas do que certezas. Em qualquer cidade grande deste país vagam, pelos subúrbios e pelas periferias, diversos "Joéis" sem rostos, mas perdidos em si com olhos no amanhã e cabeça no agora. Entre sentimentos adversos, amores, desejos e preocupações, se encontrar não é fácil, mas necessário. O futuro bate à porta, o presente não é fácil e os pensamentos de Joel entornam e sacolejam como uma composição nos trilhos. Como um trem de ferro, rígido e barulhento, acontecimentos cotidianos na vida de Joel se confundem com o de tantos outros jovens brasileiros. Quatro dias na vida de Joel é livro para ser lido e sentido na mesma proporção.