Sob o pseudônimo de Dirceu, Tomás Antônio Gonzaga declara em suas liras o amor pela adolescente Maria Joaquina Doroteia de Seixas, chamada, nos poemas, de Marília. De caráter autobiográfico,
Marília de Dirceu carrega um tom de confissão amorosa no qual a musa convive com a presença marcante da exaltação da natureza e da vida pastoril. Escrita, em sua maior parte, durante o exílio do autor, por seu envolvimento na Inconfidência Mineira, a obra apresenta também traços pré-românticos, como o pessimismo, a solidão, a saudade e a amargura.