Na obra em pauta, há, de certa forma, uma mediação dialética a apontar para os novos tempos, sob os escombros e as ruínas de promessas passadas, cujos fantasmas teimam em continuar assombrando. Porque inova na abordagem de temas / problemas caros à Filosofia através de nexos entre Direito e Literatura. Também, porque a nova razão do mundo, calcada no neoliberalismo, toyotismo e niilismo, carece de um entendimento para além das aparências manifestas mais imediatas. Mineiramente, trabalha-se pelas bordas. Com arguto procedimento, o Autor de A Cidade e o Medo, através de ensaios bem calibrados, articulados, pontuais, elegantes, precisos, conduz o Leitor por veredas instigantes ao tratar dos problemas analisados. Marcados por refinado humor.