Este livro se dedica ao estudo de histórias repetitivas e obliterantes – as histórias recobridoras –, que, por sua fixidez, impedem a passagem do vivido ao experienciado e dificultam a apropriação da herança. Por meio de um trabalho realizado a partir da obra literária Austerlitz, de W. G. Sebald, e de uma construção clínica com base em atendimento da autora, buscou-se uma aproximação com o referido fenômeno, relacionando-o à discussão metapsicológica e às áreas afins. Nesta obra discute-se, também, a relevância do conceito de história recobridora para o trabalho do analista e para a clínica psicanalítica, além de questões acerca das histórias recobridoras coletivas. Por fim, o livro propõe uma articulação da temática com a transmissão psíquica geracional.