Couverture de livre pour Auto dos mistérios da virgem ou Auto de Mofina Mendes

Auto dos mistérios da virgem ou Auto de Mofina Mendes

Adaptação de Alexandre Azevedo

Description du livre

O "Auto dos mistérios da virgem ou Auto de Mofina Mendes" (c. 1524) é constituído por um prólogo e por três partes. O prólogo recai nas mãos de um Frade, que inicia um sermão de carácter jocoso. Este sermão (num latim macarrônico) tem, apesar do toque humorístico vários objetivos: contrastar a gravidade religiosa do Mistérios, aludir à incapacidade de se decifrar os enigmas da Natureza, colocar as questões do livre- arbítrio e de predestinação, afirmando que a insensatez humana reside no esquecimento das virtudes cristãs. De facto, o discurso não é uma simples crítica contra os pregadores de então, ou sátira da escolástica medieval (o que terá motivado a censura de 1586 e 1624). Mofina Mendes está ao serviço de um dos dois pastores (Paio Vaz e André), que iniciam a moralidade. Mofina é a "infelicidade mesma": só acontecem desastres à jovem pastora, perdendo os animais que devia ter guardado. Mesmo assim, o patrão paga-lhe com um pote de azeite. A jovem contente, põe-se a dançar e parte o pote. O auto termina com uma Natividade e com a adoração ao menino Jesus no Presépio, por parte da Virgem, de José, das damas de honor, do Anjo e dos pastores. É Jesus que fará os homens saírem da sua condição desgraçada. Adaptação de Alexandre Azevedo para a peça Auto dos mistérios da virgem ou Auto de Mofina Mendes, de Gil Vicente.

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