Cristalizado aqui na forma de seis entrevistas, conduzidas entre 1991 e 2011, o diálogo contínuo entre André Green e Fernando Urribarri revisita e interroga a totalidade da obra greeniana.
Como responder à crise da psicanálise? Como fazer frente aos desafios colocados por um campo clínico que se estende para além da neurose? De que forma os aportes de Lacan, Winnicott ou Bion vêm renovar o edifício freudiano? Como articular o intrapsíquico e o intersubjetivo? Como a teoria geral da representação cunhada por Green elucida os fracassos da simbolização? Como repensar o enquadramento analítico e suas variações, notadamente a partir da noção de enquadramento interno do analista?
Do afeto ao pensamento clínico, passando pela loucura privada e pelo trabalho do negativo, acompanhamos passo a passo a gênese e o desfraldamento das ideias capitais daquele que se esforçou para construir, depois de Freud e com Freud, um novo modelo teórico e clínico, suscetível de responder aos desafios da psicanálise contemporânea.